Dois relatos ocorridos em trabalho de atendimento fraterno a espíritos sofredores desencarnados realizado em casa espírita. O primeiro é o caso
de um rapaz que cometeu suicídio se jogando de um lugar alto e o segundo, de uma mulher inconformada por ver a sua filha reencarnada junto de outra mãe, e que estava gerando ideias de suicídio na criança.
As questões 957 e 459 de O Livro dos
Espíritos, que também seguem transcritas, trazem algum esclarecimento sobre a
situação de tais espíritos.
Rapaz suicida – 17/02/2014
Q. 957 – Quais são geralmente as
consequências do suicídio sobre o Espírito?
“As consequências do suicídio são muito diversas: não há penalidades
fixadas e em todos os casos elas são sempre relativas às causas que o
produziram. Mas uma consequência da qual o suicida não pode escapar é o
desapontamento. Além disso, a sorte não é a mesma para todos: depende das
circunstâncias. Alguns expiam sua falta imediatamente, outros numa nova
existência que será pior do que aquela cujo curso interromperam. ”
Pessoa (P) se manifesta por meio do(a) médium
conversando com trabalhador de esclarecimento (E):
(E) Boa noite!
(P) Estou com dor de cabeça! - O
que aconteceu?
(E) Você pode ter batido a cabeça!
Parecendo que estava refletindo, lembrando-se de
algo:
(P) Eu... eu me joguei! Cai e
bati a cabeça.
(E) Então vamos fazer curativos. Você permite?
(P) Você não está entendendo! Eu
continuo sendo eu?
(E) Sim, você continua sendo você mesmo!
(P) Não, isso não faz
sentido. Tudo não acabou? -
Começando a chorar - A angústia, a ansiedade, a confusão, tudo continua aqui dentro de mim.
Não, não entendo. Não entendo nada! Tudo isso não faz sentido. Era para ter
acabado tudo e não acabou!
Fizemos pausa no diálogo e ficamos somente em
vibrações até que a pessoa voltou a falar chorando:
(P) O que foi que eu fiz! Minha
mãe!!! Coitada! Ela está chorando tanto! O que foi que eu fiz!
Dissemos palavras de conforto e de consolo!
Perguntamos se podia perceber presença de uma pessoa (ente querido também
desencarnado ou espírito amparador) ao seu lado. Ele disse que sim. Dissemos
que poderia confiar nesta pessoa e sugerimos que descansasse um pouco. Depois
voltaríamos a conversar se desejasse.
Assediadora
de pensamentos suicidas em criança.
Q. 459 – Os Espíritos têm influência
sobre nossos pensamentos e ações?
“Em relação a isso, a sua influência é bem maior do que imaginam,
porque muitas vezes são eles que os dirigem.”
(P) Eu não vou me afastar
“dela”, porque a amo muito. Ela deveria ser minha filha e não filha
“daquela outra”. A menina tinha que voltar pra perto de mim.
Momentos antes, na sala de entrevistas na Casa Espírita, tínhamos conversado com uma assistida que veio pedir tratamento para a sobrinha de 8 anos que falava muito em suicídio.
(E) Entendemos como se sente, mas permita-nos
perguntar: qual garantia você teria que a menina, se viesse a desencarnar, ficaria do seu lado?
Ela parou e ficou pensativa.
Continuamos:
(E) Pense bem, como ela é uma criança
e por ser boazinha, se desencarnar é bem provável que será levada pelos
mentores para algum "educandário", onde ficam as crianças no plano espiritual. Você acha que seria bem
vinda lá? Os mentores e dirigentes saberiam que foi você que causou o suicídio
de uma criança de 8 anos.
(P) É... eu não tinha pensado
nisso? É bem provável que levem a menina para um lugar desses e lá não vão me
deixar entrar. Sei disso!
(E) Então procure aceitar as coisas
como elas são e não como gostaria que fossem. Nós sabemos que você a ama muito,
mas este amor que aprisiona e que quer acabar com a vida do próximo não faz bem
para ninguém! Vamos procurar amar de maneira altruísta e não egoísta como você
vem fazendo.
Ela acenou com a cabeça concordando.
Pedimos que seguisse com as pessoas (espíritos amparadores) que estavam ao seu
lado, pois elas continuariam a esclarecê-la melhor e com toda atenção e carinho
que merecia.
Contribuição de Íris Poffo, bióloga,
trabalhadora e escritora espírita.
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