Observação: O espírito André Luiz
traz explicação bastante oportuna, no livro Ação e Reação. No cap. 7 desta
obra, o orientador Sânzio nos esclarece sobre o que ele chama de “circunstâncias
reflexas”, as quais vêm nos demonstrar a enorme amplitude dos efeitos danosos
do suicídio a se perpetuar no tempo em desfavor do espírito falido, numa
espécie de ciclo vicioso do erro. Da análise do exemplo supra e da explicação
de Sânzio abaixo evidencia-se a armadilha que o suicida cria para si mesmo em
futuras encarnações, armadilha que pode se perpetuar por muito tempo. Isso nos
faz pensar sobre se uma ideia suicida de hoje não seria um efeito mediato de
uma queda em anterior vida covardemente abandonada. Quem sabe se isso também não
explicaria muitos casos de depressão hoje inexplicáveis?! Analisemos com
interesse a informação de Sânzio:
“Da justiça
ninguém fugirá, mesmo porque a nossa consciência, em acordando para a santidade
da vida, aspira a resgatar dignamente todos os débitos de que se onerou perante
a Bondade de Deus; entretanto, o Amor Infinito do Pai Celeste brilha em todos
os processos de reajuste. Assim é que, se claudicamos nessa ou naquela
experiência indispensável à conquista da luz que o Supremo Senhor nos reserva,
é necessário nos adaptemos à justa recapitulação das experiências frustradas,
utilizando os patrimônios do tempo. Figuremos um homem acovardado diante da
luta, perpetrando o suicídio aos quarenta anos de idade no corpo físico. Esse
homem penetra no mundo espiritual sofrendo as consequências imediatas do gesto
infeliz, gastando tempo mais ou menos longo, segundo as atenuantes e agravantes
de sua deserção, para recompor as células do veículo perispirítico, e, logo que
oportuno, quando torna a merecer o prêmio de um corpo carnal na Esfera Humana,
dentre as provas que repetirá, naturalmente se inclui a extrema tentação ao
suicídio na idade precisa em que abandonou a posição de trabalho que lhe cabia,
porque as imagens destrutivas, que arquivou em sua mente, se desdobrarão,
diante dele, através do fenômeno a que podemos chamar <<circunstâncias
reflexas>>, dando azo a recônditos desequilíbrios emocionais que o
situarão, logicamente, em contato com as forças desequilibradas que se lhe
ajustam ao temporário modo de ser. Se esse homem não houver amealhado recursos
educativos e renovadores em si mesmo, pela prática da fraternidade dificilmente
escapará ao suicídio, de novo, porque as tentações, não obstante reforçadas por
fora de nós, começam em nós e alimentam-se de nós mesmos.”
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