Obsessão




Obsessão é o termo usado no espiritismo para designar influências espirituais perniciosas em nossa vida e na questão do suicídio não podemos deixar de lado este componente, dada a sua relevância não só como possível causa, como também no que tange às medidas de prevenção ao suicídio.
A questão 459 de O Livro dos Espíritos traz a seguinte pergunta:

Os espíritos têm influência sobre nossos pensamentos e ações?
Em relação a isso, a sua influência é bem maior do que imaginam, porque muitas vezes são eles que vos dirigem.

Essa é uma realidade descortinada pela Doutrina Espírita de forma magistral e que vem de encontro à nossa constante tendência de negar esse tipo de ocorrência. Quando cometemos ou vemos alguém cometer atos desairosos, graves ou não, por um escrúpulo qualquer tendemos a negar a existência de uma influência ou participação de ordem espiritual. Mas é justamente isso que os espíritos obsessores querem. Para eles agir nas sombras e ocultos é um facilitador para se alcançar os objetivos almejados. Mas o problema para nós é que enquanto não descobrimos a causa de uma doença fica difícil fazer o tratamento adequado.
Os espíritos nos influenciam para o bem ou para o mal, conforme a categoria a qual pertençam, muito embora o que realmente pesa nesta situação seja o livre-arbítrio da criatura encarnada. Isso é muito importante, pois espíritos podem nos influenciar para o bem ou para ou mal, estimulando tendências internas que já possuímos, mas isso não nos tira a responsabilidade pelos nossos atos já que quem tem a palavra final nas situações cotidianas somos nós mesmos, seres encarnados.
Essa mesma responsabilidade é tanto maior ou menor, conforme for o nível do processo obsessivo sempre atrelado com a capacidade de resistência e discernimento da criatura obsidiada. Enfim, o grau de culpabilidade de cada pessoa nunca é igual. Depende mais ou menos das circunstâncias que envolvem o caso.
No livro O Céu e o Inferno, segunda parte, cap. V, Allan Kardec faz a seguinte pergunta aos espíritos:

Um espírito obsessor pode, realmente, levar o obsidiado ao suicídio?
Certamente, pois a obsessão que, por si mesma, já é um gênero de provação, pode revestir todas as formas. Mas isso não quer dizer isenção de culpa. O homem dispõe sempre do livre-arbítrio e consequentemente está em si o ceder ou resistir às sugestões a que o submetem.

Isso não significa que todo aquele com tendências de morte esteja sob influência espiritual negativa. Mas como se trata de uma causa invisível, porém real, devemos sempre atentar para a possibilidade de sua ocorrência.
A solução para esta causa em específico deve ser buscada na oração e no tratamento espiritual seja por qualquer meio idôneo que for. Nesse sentido, o espiritismo detém métodos de cura muito eficazes, mas ele não é o único. Muitas outras religiões - e até terapeutas - estão também capacitadas para ajudar e orientar.
Por fim, não se pode esquecer que, se existem influências negativas, muito mais presentes estão as positivas. Há no plano espiritual, a começar pelo próprio Senhor Jesus Cristo, todo um vasto exército de servidores do bem que se preocupam com nosso bem estar. Muitos deles chamados de mentores ou anjos da guarda. Há também espíritos de familiares e amigos que muito se interessam por nós.
Como em tudo vale o livre-arbítrio de cada um. Basta fazermos a sintonia adequada para que a ajuda já existente passe a ser por nós percebida.


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