Existir



Há pessoas que, dependendo de seu estado emocional, gostariam de nunca terem existido. Contudo, existir não é uma escolha nossa e sim de Deus, nosso Pai. Ele é o responsável por nossa existência e quem, por amor, fez a escolha disso. Uma obra de arte não tem autonomia para questionar o artista que a fez. Simplesmente ela existe, e pronto!
Então o único questionamento viável a se fazer é: por que existimos?
A resposta dos espíritos é: por vontade de Deus e para o encontro da plenitude e felicidade plena no seio dEle, sendo que esta felicidade somente existe na execução fiel e amorosa de sua vontade, ou seja, Deus criou também dentro de cada um de nós o que é ser feliz. Essas são resumidamente as respostas dos espíritos contidas nas questões 81 e 113 de O Livro dos Espíritos.
A busca dos porquês do existir nos remete à nossa criação e ao próprio Deus. Isso nos traça um objetivo, ainda que ora difuso, sobre nós mesmos. A partir da aceitação desta realidade pode surgir uma saudável reverência ao Divino, que é o autor de tudo, inclusive de nós. A constatação de que se é obra e não o autor da obra alivia muitas angústias existenciais, pois que denota a existência de um plano traçado a cada um de nós por algo ou alguém muito maior. Isso pode ser uma ideia muito confortadora, já que não há como conceber a ideia de um ser infinitamente sábio e amoroso criar algo para dar errado.
Não se pode igualmente esquecer que a angústia do existir trazida pela falta de perspectiva sobre os objetivos deste mesmo existir é causa de muitos conflitos no presente, que pode levar à inadequação e à rebeldia. Tudo isso faz parte do processo de crescimento espiritual, doído às vezes, mas ao final sempre recompensador. 
Enfim, aceitar a existência e entender suas razões, rendendo-se paulatinamente à realidade cósmica e suas leis, é medida bastante salutar de felicidade e esperança, ainda que as coisas eventualmente não estejam muito boas no dia de hoje.


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